A banda santista Zimbra está prestes a embarcar em uma turnê nacional emocionante e histórica, impulsionada por um novo momento em sua trajetória. Mais do que uma celebração musical, a série de apresentações — intitulada Tudo Se Refaz — marca o retorno de Guilherme Góes, baixista da banda, aos palcos após um acidente em 2024 que resultou na amputação de quatro dedos de sua mão direita. O reencontro de Guilherme com o público e com o próprio instrumento é o símbolo de uma virada de página repleta de superação, força e amor pela música.
Com apresentações confirmadas de setembro a dezembro, a turnê irá percorrer teatros e casas icônicas de todo o Brasil, como o Teatro Fernanda Montenegro, em Curitiba. Realizada pela Marã Música, a turnê foi batizada com o nome escolhido junto aos fãs por meio de uma ação nas redes sociais, inspirada na história de superação de Gui. Os ingressos já estão disponíveis e, segundo a banda, essa é uma das fases mais simbólicas e emocionalmente intensas de sua trajetória.

“Estamos muito empolgados, não tinha como não estar. Além da gente estar vivendo essa fase ainda do retorno do Gui, depois do acidente dele, ele voltou a tocar em março, então a gente ainda está nesse processo de retorno, de estar os quatro no palco mais uma vez, depois de um ano. Isso já é, por si só, de se comemorar muito”, comenta Rafael Costa, o Bola, vocalista da Zimbra. “Além disso, o fato de que a gente vai desbravar lugares icônicos é uma vivência pessoal muito bonita pra cada um. Estamos muito ansiosos para ver isso”.
Formada por Rafael Costa, o Bola (voz e guitarra), Vitor Fernandes (guitarra e vocais de apoio), Pedro Furtado (bateria) e Guilherme Goes (baixo), a Zimbra possui em sua trajetória passagens por palcos como o Rock in Rio (2019) e o Lollapalooza (2015). A banda segue conquistando espaço no cenário do rock alternativo brasileiro com sua mistura de influências nacionais e internacionais — de Charlie Brown Jr., Tim Maia e Caetano Veloso, a Foo Fighters, Jamiroquai e Beatles. O grupo mantém presença marcante nas plataformas digitais de música, com milhões de streams e fãs espalhados pelo país.
“Turnê é algo que move a gente, o que nós mais amamos fazer no fim das contas é subir no palco e tocar nossas músicas”, explica Bola. “Esse é um disco que nós estamos amando tocar ao vivo e isso é algo muito importante pra gente depois de quase 15 anos na estrada, pois renova nosso sentimento de fazer o que fazemos”.
A história de superação de Guilherme Goes ganhou atenção nacional. Em julho do ano passado, durante uma viagem a Campos do Jordão (SP), o músico sofreu um acidente de buggy e perdeu os dedos indicador, médio, anelar e mindinho da mão direita. Segundo os médicos, ele conseguiu retomar a atividade musical utilizando apenas o polegar, graças à sua rápida recuperação física e emocional.
“Vou conseguir voltar a fazer a coisa que eu mais amo nessa vida, que é subir no palco”, declarou o baixista em suas redes sociais. “Minha cabeça está muito boa, estou com muita esperança e muita vontade de recomeçar”.
A volta do músico foi recebida com comoção por fãs e artistas do cenário nacional, e o início da turnê vem sendo tratado como um marco de recomeço para a banda e seu público fiel.
“Os shows são sempre mega divertidos porque além de tocar as músicas dos trabalhos atuais, sempre mesclamos com as preferidas da galera, o que torna cada apresentação uma experiência única para nós e para o público”, completa Bola.